Linux é alvo de resistência interna nas empresas que o adotam

Levantamento realizado pelo instituto britânico de pesquisas Freeform Dynamics, que ouviu cerca de 1,3 mil profissionais de tecnologia da informação, apontou que metade das empresas que implantaram Linux em desktops transformou menos de 20% dos seus funcionários em usuários do sistema.

A adoção lenta se dá principalmente por conta de funcionários que resistem à adoção do sistema operacional. Dentre os que mais rejeitam o Linux estão projetistas gráficos, usuários avançados do pacote Office e profissionais que trabalham com dispositivos móveis.

Apesar dos dados, o estudo não é totalmente desanimador para o sistema operacional livre. Cerca de 20% das empresas pesquisadas com projetos de implementação de Linux já conseguiram que 80% ou mais empregados se tornassem usuários do sistema. São essas companhias que ajudam o Linux a ter 1% de market share entre todos os desktops corporativos.

De acordo com a pesquisa, quem adere ao Linux aponta como vantagem principal a redução de custos (70%). Em seguida, estão itens como facilidade para manter um ambiente seguro e processo de implementação mais flexível.

Mas ainda há muitos obstáculos identificados pela pesquisa: política, resistência interna e falta de compatibilidade com softwares importantes, observação realizada por mais da metade dos pesquisados. Além disso, o Linux é visto como o sistema daqueles “loucos” por tecnologia, o que não corresponde ao perfil da maioria dos usuários corporativos de PCs.

Com a pesquisa, a Freeform concluiu que a melhor estratégia para adotar Linux é implantá-lo somente para funcionários dispostos a realizar a adoção, pois tirar o Windows de empregados resistentes pode não causar impacto nos custos devido à queda de produtividade.

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