Distribuições Linux

Muita gente me pergunta, mas porque tantas distribuições Linux? Porque existem as distribuições Red Hat, SuSE, Slackware, Ubuntu, Debian, Fedora e outros?

Na verdade o Linux é apenas o kernel que é o núcleo do sistema operacional, é ele o responsável por detectar e inventariar todo o seu hardware e ligar cada componente físico a um endereçamento lógico,permitindo o seu uso.

Mas para que todo esse processo ocorra é necessário um pouco de conhecimento sobre o kernel ou a sua confiança em um mantedor de uma distribuição como o Ubuntu ou Fedora. Existem vários softwares e várias bibliotecas de sistema que permitem o gerenciamento de todo o seu sistema de uma forma mais fácil, prática e bem desenvolvida. A distribuição que você usa permite você ter uma estrada lisa ou as vezes emburacada, ou muito emburacada.

Mas para cada distribuição, um tipo de conceito diferente. Por exemplo, o Red Hat sempre foi e sempre será freesoftware e opensource. A Empresa mantem o código fonte para que você possa baixar e utilizar, assim como o Fedora e o Ubuntu. Mas a grande diferença, esta na maneira em que a empresa por tras daquela distribuição, distribui o seu software final.

O Red Hat Enterprise Linux não é totalmente free, na verdade o conteúdo do CD é livre mas o que você precisa se preocupar e ter total parceira é com o trademark da Red Hat, pois a homologação desta distribuição é muito séria.Se o kernel que vem fechado ali não permite o uso, eles não vão dar o suporte. Se você compilar o kernel, perdeu o suporte. A distribuição possui uma limitação na demanda de pacotes por causa do seu suporte.

O RHEL (abreviação de Red Hat Enterprise), é livre, mas para atualizar a distribuição pelo u2pdate (versão 4), ou o yum (atual), é necessário obter uma assinatura anual, o RHN (Red Hat Network). Essa assinatura é baseada por pacotes de acordo com a demanda do cliente, que vai de 80 dolares, passa por 1200 dolares e vai ate, bom, deixa pra la.

Suas atualizações e o suporte pela empresa é de 7 anos, mas caso você não esteja com vontade de pagar pela nacionalização da assinatura no Brasil, você pode usar o CentOS que é a distribuição baseada totalmente no fonte do Red Hat Enteprise, com todos os mesmos pacotes, mas sem o famoso trademark Red Hat. Existem outras distros baseados no fonte do RHEL e isso se tornou tão normal que a própria Citrix lancou o seu virtualizador XenServer com base no CentOS.

O mercado cresceu bastante para o lado da Red Hat e por isso que é merecidamente a distribuição mais vendida para servidores atualmente.

O SuSE Enterprise Linux (SEL), possui uma licença parecido com a da Red Hat, mas a diferença é que as aplicações e bibliotecas que mantem a distribuição, são oferecidos hoje pela Novell de uma forma proprietária. A distro possui uma assinatura anual também e também restringe sua atualização para quem pagar, junto com o seu suporte. O SEL11 possui o gerenciador de pacotes zypper e o velho yast gerenciando toda a distribuição. O SuSE Enteprise pode ser adquirido no formato de EVAL, com chave temporária que por um período de tempo você pode usar sem ter que pagar nada. A distribuição possui componentes proprietários que se integram com outros softwares da própria Novell, como o Open Enterprise, ZenWORKS, Access Manager e outros produtos Novell como o poderoso eDirectory.

A distribuição Fedora é um salto Open Source da Red Hat, pois tudo é testado e desenvolvido para ele, desde pequenas a grandes aplicações. É a distribuição prefefida do Linus Torvalds por uma questão histórica e ambiente de testes para o futuro Red Hat Enterprise. Tudo é testado alí, ate que um dia a Red Hat libera a sua próxima versão do RHEL baseada no Fedora.

A grande vantagem do Fedora e a disponibilidade de aplicações nos seus repositórios para serem instalados pelo yum. O seu instalar possui a maior demanda de aplicações para serem instaladas,  você poderia demorar quase 8 horas para fazer uma instalação perfeita e bem completa ao seu rigor.

O Fedora é totalmente livre e possui um kernel sempre muito mais atualizado do que o seu precursor pago.

O OpenSuSE é totalmente grátis. E utiliza o mesmo gerenciador de pacotes do seu irmão totalmente pago, com uma demanda de pacotes infinitamente maior e com as famosas limitações  corporativa no YaST. O kernel que acompanha a distribuição é muito mais novo e esta muito mais na frente do que o seu irmao caro e por isso possui uma maior compatibilidade com os desktops atuais do mercado.

O Debian é o que podemos chamar de “coisa boa do opensource”. Segue uma filosofia aberta muito interessante e é a base do Ubuntu ( A primeira versão do Ubuntu, foi baseada no Debian Sid, unstable). O Debian é tão livre que ate o Firefox e o Thunderbird mudam de nome aqui, por um bom motivo e é possível encontrarmos a distribuição com vários tipos de kernel diferente do Linux oferecidos na comunidade, como o bom e velho gnu hurd, o Darwin, SunOS e ate mesmo o BSD, BSD? Santa heresia!

O Debian possui 4 tipos de distribuições, stable (para servidores), unstable (para aventureiros e desktops), testing (imagem gerada semanalmente e que será a próxima versão stable) e a experimental (ah, deixa essa pra la), todas essas versões determinam uma demanda de pacotes correntes e compilações diferentes do kernel.

O Ubuntu é a única distribuição Linux livre que além de estar disponível para download, oferecia CDs de graça também. O Ubuntu é uma distribuição baseada no Debian mas que é mantido por uma empresa e toda a comunidade.

Existem atualmente diversas distribuições baseadas no Ubuntu, como o Kubuntu, Xubuntu, Ubuntu Studio, Ututu, GOS e GNEwSense. A filosofia do Ubuntu é oferecer dekstops e servidores gratuitamente,empenhando a facilidade e boa otimização pelo usuário.

Hoje, existe uma grande demanda de softwares oferecidos para o Ubuntu, como antigamente o foco era o Fedora, hoje o Ubuntu se tornou a maior distribuição e a mais usada, dominando 68% dos desktops Linux de empresas no mundo todo.

As atualizações do Ubuntu são realizadas de 6 em 6 meses e a Canonical mantém a atualização do Ubuntu Dekstop por 3 anos e 5 do Ubuntu Server. O Kernel oferecido pelo mantedor e o número de aplicações disponíveis, faz do Ubuntu a melhor distribuição Linux da atualidade. Mas e o suporte? O Ubuntu possui níveis de suporte, o oferecido pela comunidade Linux atraves de sites, fóruns, irc e o pago que é oferecido pela Canonical.

Existem outras distribuições como o Slackware, ArchLinux, MINT, Mandriva (isso não!). E para cada distribuição, um gerenciador de pacotes, uma forma de configuração e pacotes disponíveis. Sempre opte por uma distribuição atualizada e que é mantida por pessoas que se comprometem com sua atualização.

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Linux é o poder ;)
Aprígio Simões