Quando o Ubuntu não é para você: Quais pontos são determinantes para que você não o escolha

Qualquer empresa irá fazer propaganda das qualidades de seus produtos divulgando seus benefícios, mas nada é completamente perfeito, assim como qualquer coisa, o Ubuntu não será exceção. Pessoas sempre contam as maravilhas que ele oferece, mas há pontos em que não poderá atender todas as suas necessidades, vejamos se você se encaixa nessa (pequena)parte de usuários que se sentirão insatisfeitos.

Se você gosta de jogos, em algum momento poderá se frustrar. O Ubuntu não tem boa compatibilidade com placas de vídeo, criando erros e travamentos incômodos. Empresas passaram grande tempo ignorando essa parcela do mercado open source. Não é por menos que Linus Torvald manda esse recado:

Felizmente com a chegada da Valve está havendo muito incentivo e investimentos no Linux, e isto está sendo ótimo. Juntar o desempenho, velocidade e a estabilidade que o sistema proporciona traz mais tranquilidade ao usuário.

Você trabalha profissionalmente com design? Em algum momento do seu dia a dia de trabalho terá que utilizar programas proprietários gráficos, tais como Photoshop, Illustrator ou Fireworks, programas que não tem suporte nativo ao Ubuntu. Você pode utilizar o Wine para trabalhar com eles, porém sua produtividade e as formas de personalização não serão boas. Existem opções muito boas como o Gimp e Inkscape por exemplo, mas não atendem plenamente devido a algumas falhas, usabilidade por exemplo.

E o Ubuntu, assim como qualquer outro sistema Linux, não foi feito para pessoas ‘preguiçosas’, pessoas que desejam adquirir um produto que funcione plenamente em seu primeiro contato. O que é sensacional de qualquer sistema baseado em Linux é a flexibilidade, liberdade e personalização que podemos atribuir aos nossos gostos, e isso demanda interesse, dedicação e tempo. Infelizmente nem todo mundo tem essas características.

Nesses pontos o Ubuntu não atende suas expectativas, são marcas que sempre foram atreladas a sua fama, a boa nova é que isto está mudando para melhor gradativamente. Nada oferecerá uma solução perfeita para você. A comunidade e o sistema permitem totais condições para que você facilmente adapte da forma que desejar e que atenda muito bem todos os seus desejos e necessidades, basta pesquisar e ter paciência.

11 comentários em “Quando o Ubuntu não é para você: Quais pontos são determinantes para que você não o escolha”

  1. Eu já usei Windows, usei Ubuntu do 9.04 ao 12.04 e hoje uso Mac OS X, este último considero-o sensacional. Há, de fato, muitos posers hoje com os produtos da maçã, mas considero este SO belíssimo tanto em design, usabilidade como compatibilidade. Consigo rodar praticamente tudo que há para Windows e Linux nele. Não é à toa que o Linus tem um, mesmo que seja só o hardware de um macbook air.

  2. Comparar Gimp com Photoshop é a mesma coisa que comparar um fusca com um camaro, fala sério.. Sou usuário Ubuntu e entusiasta da comunidade open source, mas o Gimp é muito ruim, não se pq já estou acostumado com Ps.. Se a Adobe lançasse um pacote CS para Linux seria perfeito, mas duvido que isso aconteça tão cedo, infelizmente :/.
    Ótimo post, como sempre. Abraços.

    1. O Gimp é uma poderosa ferramenta, mas há algum tempo já havia até escrito algo a respeito (http://migre.me/cWy7K), não é só você, geralmente grande parte dos usuários encontram dificuldades em funções simples de manipulação e edição de imagens. Mas o que realmente irrita no Gimp é a falta de usabilidade.

    2. Concordo contigo em todos os quisitos, infelizmentes sou obrigado a usar esses softwares por ser designer, só uma dúvida, ouvi falar que o Linux Ubuntu roda bem o Photoshop pelo Wine, e o Illustrator, Flash, Indesign, Dreamweaver? roda tranquilo tambem?

  3. Tudo na vida tem seus prós & seus contras; com Linux não seria diferente! Eu ainda prefiro uma boa distro Linux com algumas de suas; assim digamos; deficiências; a um certo s.o. proprietário usado pela maioria com suas supostas “vantagens” =]

  4. Curioso, pela minha experiência como usuário de Windows e Linux Ubunto… Windows é mais o “Rei dos Clichês”, já foi um SO Revolucionário mas aburguese faz tempos de uma maneira insuportável.
    O Ubuntu é um SO muito humilde… o seu problema por vezes é o facto de ser demasiado irrequieto. Se a forma de fazer actualizações fosse ligeiramente menos problemática em vários termos, creio que seria mais que perfeito para as finalidades de um usuário comum.

    O problema em si são mesmo os Temas: Unity, Gnome, Kde, Lxde, Xfce, etc. O que uns tem de potente, carece nos outros. Se bem que se deseja manter um sistema leve, tb se deve manter o que tem de útil e retirar o que é menos útil – pois se bem que se pode instalar via várias outras vias.

    Algo que ajudaria imenso tb seria igualmente a aposta num Ubuntu Server Gráfico para Usuário Leigo – usuário sem conhecimentos de Programação – com a finalidade deste aprender e desenvolver o sistema, e os programadores terem sempre uma base de conhecimento de que realmente se procura no Mundo Global dos Usuários Ubuntu !!

    Como sempre, excelentes postagens, Força e Cordiais Saudações :)

  5. “E o Ubuntu, assim como qualquer outro sistema Linux, não foi feito para pessoas ‘preguiçosas’, pessoas que desejam adquirir um produto que funcione plenamente em seu primeiro contato.”

    É por causa de comentários infelizes como esse que as pessoas torcem o nariz para o Linux. Eu como desenvolvedor de software tenho como objetivo primordial que meus sistemas funcionam perfeitamente ao primero contato, e não considero meus clientes “preguiçosos” por quererem isso também. Pensar um pouquinho mais antes de escrever uma tolice dessas não dói.

    1. Rodrigo, o Ubuntu, assim como qualquer outro sistema operacional tem problemas. Uma das coisas que incomoda bastante é a questão de incompatibilidade com periféricos e placas de vídeo, tive um sério problema com meu trackpad que demorei 3 dias para conseguir descobrir o problema, sendo que em outro SO não apresentava o problema. Foi um caso em especial, porém para deixar o Ubuntu com configurações básicas como programas de internet ou músicas, por exemplo, tive problemas em instalações via terminal.

      O Ubuntu é ótimo, não troco ele, porém se é algo que gosto, sei do que ele é bom e do que ele não é. Existem coisas básicas que se a pessoa não tiver o mínimo de conhecimento de informática, pessoas como minha mãe por exemplo, terão coisas que não irão funcionar corretamente se caso não houver um acompanhamento por perto.

      Isso foi um comentário sincero sobre que pessoas que não tem paciência para resolver problemas de incompatibilidade que surgem com o tempo, o seu software pode funcionar muito bem ao primeiro contato, porém como qualquer outro programa ou aplicativo, haverá momentos em que surgirão rachaduras, no Ubuntu a incompatibilidade é uma delas.

      A usabilidade do Ubuntu oferecendo os programas básicos já acompanhando o sistema, como o Firefox, LibreOffice, Banshee e outros é excelente, mas dependendo do programa pode ser que só possa ser instalado via terminal por não ter um arquivo .deb para ser aberto via Central de Programas, muitas pessoas tem medo do terminal, em qualquer sistema Linux é necessário utilizá-lo.

      Não é a toa que em diversos fóruns sobre o Ubuntu se apresentam diversos problemas de dispositivos que não funcionam corretamente na primeira tentativa, se for uma pessoa comum já teria desistido na hora e voltado para seu antigo sistema e nunca mais irá se aventurar no Ubuntu. Quando foi levantado que qualquer sistema Linux não foi feito para pessoas preguiçosas esse ponto é que deve ser levado em consideração, se for utilizar os programas básicos do sistema não haverá qualquer tipo de problema.

      1. Caro Eric, terei que discordar de você mais uma vez.. primeiro você me chama de preguiçoso só porque eu quero que o sistema funcione sem gambiarras ou terminais. Depois você se contradiz miseravelmente no comentário…
        Você termina o seu comentário com “se for utilizar os programas básicos do sistema não haverá qualquer tipo de problema” sendo que lá no começo escreveu “tive um sério problema com meu trackpad que demorei 3 dias para conseguir descobrir o problema”. Um driver de dispositivo primário (trackpad = mouse) não deveria existir no sistema por padrão, mesmo que apenas com funções básicas?

        Bom, respondendo à pergunta do título, se é que foi realmente uma pergunta… parece ser uma pergunta mas não tem a interrogação no final, enfim…

        Os pontos determinantes para que eu não escolha um sistema operacional para utiliza-lo são:
        1) Compatibilidade com aplicativos que utilizo;
        2) Usabilidade do sistema;
        3) Confiabilidade no sistema.

        O Ubuntu foi, infelizmente, reprovado nos 3… e olha que tentei, viu… passei quase 1 ano lutando com o Ubuntu.

  6. Meu irmão sempre foi usuário de Windows e voltou a morar aqui em casa; o único p.c. aqui é meu e roda o Xubuntu 12.04… no começo ele estranhou; resmungou; mas foi se acostumando; me viu demonstrar a central de programas; pacotes de instalação .deb e o terminal… eu lhe dei a senha e não é que o camarada instalou o Google Chrome via .deb; xeretou na central de programas e até instalou um programa pelo terminal! kkk… ele continua fiel à Micro$oft; mas adquiriu uma noção e até um certo respeito pelo Linux!. Meu irmão não é obrigado a gostar de Linux; mas não foi por falta de Windows que ele morreu sem usar o p.c. aqui de casa! =]

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